segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Opinião: "Must Love Chainmail"

Autor: Angela Quarles
Série: Must Love Time Travel #2
Editor: Unsealed Room Press
Edição/reimpressão: Julho de 2015
ISBN: 9780990540021
Páginas: 274

Sinopse: Trapped in the wrong time, she needs a knight in shining armor, but this damsel in distress might be the real savior.

A damsel in distress...

With a day planner attached to her hip, the last thing Katy Tolson wants is a romance that threatens her well-ordered life. She's set to marry the safe--but bland--guy, but something's not quite...right. A careless wish thrusts her through time into medieval Wales and into the arms of...

A knight in somewhat shining armor...

Sir Robert Beucol, half-Norman and half-Welsh, lives with the shame of his father's treason and vows to reclaim his family's holdings and thereby his honor. To prove himself to his king, he must be more Norman than a full-blooded Norman. What better way to show loyalty than to fight his mother's people? He has no desire to be sidetracked by the mysterious wench with pink toenails, peculiar habits, and passion smoldering behind her cool, collected exterior.

A rebellion that challenges both...

The Welsh uprising fits perfectly into Robert’s plans. Katy’s on the other hand? That’s a no. As they embark on a perilous journey through the heart of Wales, each passionate encounter pulls them closer together, but farther from their goals. When everything they value is at stake, can they save each other and their love?

A minha opinião: (Contém spoilers para o livro anterior da série) Em Março li o primeiro livro desta série, Must Love Breeches, e adorei! E sabia que não iria demorar muito a ler o próximo... O que, infelizmente demorou foi a escrita desta opinião (li-o no início de Julho), pelo que temo não lhe conseguir fazer justiça...

Must Love Chainmail é a continuação de Must Love Breeches e segue a melhor amiga de Isabelle, Katy Tolson, a mesma a quem Isabelle escreveu as cartas no livro anterior. A acção desenvolve-se depois de Katy receber a última carta de Isabelle na qual ela lhe revela ter decidido não lhe escrever mais cartas, mas deixando-a com a certeza de ser muito feliz ao lado de Phineas.

Katy encontra-se em Gales com as suas damas de honor a fazer a sua despedida de solteira. O seu noivo é um bom homem, a escolha segura e consulta-a para tudo, o que, por um lado, se coaduna muito bem com a sua necessidade de controlo, mas por outro, lhe começa a dar seriamente nos nervos... E o facto de Isabelle não estar ali como sua dama de honor não ajuda mesmo nada...

É quando se afasta disfarçadamente do seu grupo de amigas para consultar o telemóvel (o que está proibida de fazer) que Katy vê um homem que parece um extra numa adaptação cinematográfica de um livro da Jane Austen e depois o vê... desaparecer! Crente que se tratou de uma partida do seu cérebro, Katy procura o homem, mas não o encontra em lado algum. Encontra, sim, uma bolsa de prata para cartões de visita muito semelhante à que Isabelle encontrou no livro anterior e que lhe permitiu viajar para 1834... E quando a abre e encontra cartões de visita com o nome de Mr. Bartram Podbury, a ligação a Isabelle torna-se ainda mais evidente.

Durante a visita guiada que estão a fazer aproximam-se do memorial a St. Cefnogwr, um herói galês, outrora um nobre cavaleiro anglo-normando que, durante a Rebelião de Madog em 1294, se aliou aos galeses, o que o tornou num traidor e pelo qual foi condenado à forca, tendo sido salvo por um anjo, milagre que justificou a sua santidade. E ao ouvir a história e ao observar a estátua, Katy sente uma estranha familiaridade e ligação...

Já de volta ao quarto de hotel, Katy não consegue deixar de pensar no cavaleiro e acaba a reler a última carta que Isabelle lhe escreveu e, mais uma vez, dá por si a tentar perceber porque é que Isabelle voltou. Como foi capaz de abandonar tudo e todos por amor? Katy sente a sua falta e foi por causa dela que escolheu Gales para a sua despedida de solteira, já que com a última carta Isabelle mandou-lhe também um pássaro esculpido em madeira que encontrou em Gales e que a fez lembrar-se de Katy...

No dia seguinte, quando se encontram a visitar as ruínas de um castelo que esteve cercado pelos galeses durante a Rebelião de Madog, Katy não consegue deixar de pensar no cavaleiro e até a sua amiga Traci repara que algo se passa com ela. Katy decide ficar para trás para ter tempo de se recompor e é quando analisa a sua situação que deseja saber porque não é tão feliz como devia ser. Ao mesmo tempo que esfrega a bolsa de prata que tem no bolso... E de repente tudo gira e ela cai da ravina onde se encontrava e vai parar na parede do castelo. Que já não está em ruínas...

Sem se aperceber, Katy pediu um desejo e a bolsa levou-a até 1294, precisamente no momento em que o cerco do castelo se inicia. À sua volta reina o caos, mas Katy perdeu a bolsa durante a queda, pelo que não pode desejar regressar. E como se não bastasse, um cavaleiro a sério, com cota de malha e tudo, começa a cavalgar na sua direcção. E agarra-a e leva-a consigo no cavalo para dentro do castelo!

O cavaleiro é Sir Robert Beucol, um cavaleiro determinado a limpar o bom nome da família e a recuperar as terras que o seu pai perdeu. Ele salva Katy e julga-a uma das novas colonas inglesas, já que não entende o que ela diz. Também Katy não o entende, já que ele fala francês anglo-normando... Que ironia tão grande, que Katy seja tradutora de francês e que isso aqui não lhe sirva de nada...

Já no castelo, separam-se e Katy rouba roupas de rapaz por forma a conseguir passar despercebida enquanto tenta sair para procurar a bolsa. Mas é impedida por Robert que, para a proteger, finge que ela é o seu escudeiro. Ela ainda pensa em formas de sair, mas o castelo é atacado e eles são forçados a fugir. E acabam perdidos dos outros e a viajar sozinhos. E lá acabam por conseguir entender-se...

Katy deixa Robert igualmente encantado e perplexo. Ela não é como nenhuma mulher que ele já tenha conhecido e mexe com ele como nenhuma outra. Mas como pode ele pensar num futuro com uma mulher tão diferente quando aquilo que sempre tentou foi conformar-se às regras?

Viver no século XIII constitui a derradeira prova à necessidade de controlo de Katy. Mas, de alguma forma, ela não sente tanto a necessidade de controlar as suas circunstâncias quando está com Robert. É estranho, mas tudo parece entrar nos eixos quando estão juntos. Recuperar a bolsa parece algo cada vez mais impossível, pelo que estará Katy condenada a ficar no passado? E será isso assim tão mau quando finalmente perceber a escolha de Isabelle?

Adorei! A autora tem uma escrita que me fascina, riquíssima em pormenores e onde facto e ficção se entrelaçam de uma forma fantástica! Eu quero ler tudo o que ela escreve! Adorei os protagonistas e continuo a adorar a premissa de que há, como costuma dizer a minha tia-avó, uma tampa para cada tacho, mesmo que estejam separados por séculos...

Must Love Chainmail ganhou o prémio RITA para melhor Romance Paranormal em 2016. E eu acho que foi mais do que merecido!

Classificação: 5

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