quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Opinião: "Encontro com a morte"

www.wook.pt/ficha/encontro-com-a-morte/a/id/40967?a_aid=4e767b1d5a5e5&a_bid=b425fcc9 Título original: Appointment with Death
Autor: Agatha Christie  
Tradutor: José A. Lourenço
Colecção: Obras de Agatha Christie nº7
Editor: Edições Asa  
Edição/reimpressão: Agosto de 2007
ISBN: 9789724128153
Páginas: 208

Sinopse: Por entre as ruínas antigas de Petra, na Jordânia, jaz morto o corpo de Mrs. Boynton. Uma pequena marca no pulso é o único vestígio da injecção que a matou. 
Com apenas vinte e quatro horas para descobrir o assassino, Hercule Poirot relembra um comentário que ouvira por acaso, ainda em Jerusalém: “Compreendes que ela tem de ser morta, não compreendes?”. Profundamente odiada, principalmente pela sua própria família, Mrs. Boynton era uma mulher cruel e a sua morte é um alívio para todos os que viviam subjugados pelo seu poder.
Os familiares sentem-se finalmente livres e pedem a Poirot para não iniciar a investigação. O detective terá de lutar contra o tempo e a vontade de todos, para resolver o mistério da morte de uma das pessoas mais detestáveis de que alguma vez ouvira falar.

A minha opinião: A acção de Encontro com a morte tem inicio num hotel em Jerusalém. Hercule Poirot é um dos hóspedes do hotel na altura e, uma noite, ouve a seguinte frase pela janela: “Compreendes que ela tem de ser morta, não compreendes?”. Naturalmente assume que se trata de algo perfeitamente inocente, como a escrita de uma peça ou de um livro. E não volta a pensar nela até que, mais tarde, a frase faz perfeito sentido...

Do hotel são também hóspedes uma jovem inglesa bacharel em Medicina, um médico francês com trabalhos publicados no âmbito da doença mental e uma estranha família americana. Estranha porque, apesar de composta por uma mãe e quatro filhos, dois homens e duas raparigas, e a mulher do filho mais velho, todos eles parecem girar à volta da matriarca, cumprindo todas as suas vontade e obliterando-se no processo. Ah, e há ainda o antigo pretendente da nora, que também ali se encontra hospedado.

Rapidamente se torna perceptível que ninguém gosta verdadeiramente da velha Mrs. Boynton, mas todos eles parecem incapazes de escapar ao seu jugo... Por isso, quando o grupo, incluindo uma Lady inglesa activamente envolvida nas lides políticas do seu país e uma antiga perceptora também inglesa, se encontra nas ruínas de Petra e a velha Mrs. Boynton acaba por aparecer morta, suspeitos não faltam... Mas a verdade é que a morte da senhora teria sido classificada como natural não fosse pela suspeita do doutor Gerard que teria sido assassinada. E quando Poirot (que não se encontrava em Petra na altura) é convidado a desvendar a verdade e se recorda da frase ouvida pela janela, as suspeitas de crime tornam-se muito mais fortes...

Mais um excelente mistério escrito pela mestre do género. Embora não tenha desvendado quem foi o assassino, foi fácil eliminar quem não era. E apanhei várias das pistas, ainda que não as tenha conseguido juntar como Poirot fez. Certamente faltam-me celulazinhas cinzentas...

Classificação: 4

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