segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Opinião: "Matar é Fácil"

Título original: Murder Is Easy
Autor: Agatha Christie
Série: Superintendent Battle #4
Tradutor: Carlos Afonso Lobo
Colecção: Obras de Agatha Christie nº28
Editor: Edições Asa
Edição/reimpressão: Novembro de 2005
ISBN: 9789724140469
Páginas: 218 

Sinopse: Luke Fitzwilliam não deu qualquer importância àquilo que, para ele, não passava de um fantasioso produto da imaginação de Miss Lavinia Pinkerton, a quem acabara de conhecer no comboio e cuja teoria a levava a dirigir-se à Scoland Yard. Segundo a velhinha, as mortes que assolaram a pacata aldeia onde vivia deviam-se à acção de um assassino em série. Mas Lavinia não se ficava por aqui e acreditava conhecer a identidade da próxima vítima: Dr. Humbleby, o médico local.
Algumas horas depois, Miss Pinkerton morre vítima de atropelamento. Mera coincidência? Luke sentia-se inclinado a acreditar que sim… até que ao ler o The Times se depara com a notícia da inesperada morte do Dr. Humbleby…

Matar é Fácil (Murder Is Easy) foi originalmente publicado na Grã-Bretanha em 1939, ano em que seria igualmente publicado nos Estados Unidos, com o título Easy to Kill. O romance foi, em 1981, adaptado para televisão. 

A minha opinião: Em primeiro lugar tenho de referir que não percebo muito bem porque é que este livro está integrado na série Superintendent Battle, uma vez que o superintendente só aparece no penúltimo capítulo e nem sequer é ele a desvendar o caso...

O verdadeiro detective (ainda que não muito eficaz) desta história é Luke Fitzwilliam, que se desloca a Wychwood-under-Ashe infiltrado para desmascarar um possível assassino em série. Luke acaba de chegar a Inglaterra, depois de se reformar da polícia britânica no Oriente, e no comboio para Londres conhece uma velhinha simpática, Miss Pinkerton, que lhe conta que o motivo pelo qual vai a Londres é para se deslocar à Scoland Yard e desmascarar um assassino que já fez várias vítimas na sua aldeia. Embora nunca lhe chegue a revelar a identidade do assassino, revela-lhe a identidade da sua próxima vítima: o Dr. Humbleby.

Claro que Luke não dá a mínima importância à história da velhinha até que lê no jornal, não só a notícia do atropelamento mortal de Miss Pinkerton, como também, alguns dias depois, a notícia da morte do Dr. Humbleby. É claro que pode não passar tudo de uma estranha coincidência, mas Luke fica suficientemente intrigado para resolver investigar por conta própria. Por sorte, Luke tem um amigo que tem uma prima que vive na aldeia, Bridget Conway, e que fornece a Luke a desculpa perfeita para aí se deslocar, fingindo ser seu primo.

Rapidamente Luke percebe que há vários suspeitos que podem ser o assassino e tudo se resume a tentar descobrir o que une as diferentes vítimas, qual o motivo para os assassinatos e se cada um dos suspeitos teve oportunidade para cometer os crimes. E, é claro, impedir que o assassino volte a atacar...

Gostei bastante desta história e do protagonista, Luke, embora ache que, para um polícia reformado, não era lá grande detective... Mas a verdade é que a autora nunca nos revela que tipo de polícia ele era. E ainda para mais, durante a investigação, o homem acaba por se apaixonar, o que é sempre coisa para distrair uma pessoa...

Mas gosto destas histórias isoladas de Agatha Christie, pois são sempre bastante diferentes das de Poirot ou Miss Marple e porque já sabemos, à partida, que são histórias com princípio, meio e fim, sem continuidade. Agora quero muito ver a adaptação da BBC que, curiosamente, parece que adaptou a história para ser um mistério de Miss Marple, o que, sem dúvida, terá tirado protagonismo a Luke. Estou curiosa com o resultado.

Classificação: 4

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Este livro conta para os Desafios Vintage Mystery Reading 2013 (Jolly Old England), Cruisin' thru the Cozies 2013 e Mystery/Crime 2013.

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