terça-feira, 27 de abril de 2010

Opinião: "The Age of Innocence"

Autor: Edith Wharton
Colecção: Penguin Popular Classics
Editor: Penguin Books
Edição/reimpressão: 1996
ISBN: 0140622055
Páginas: 384

Sinopse: The return of the beautiful Countess Olenska into the rigidly conventional society of New York sends reverberations throughout the upper reaches of society.


Newland Archer, an eligible young man of the establishment, is about to announce his engagement to May Welland, a pretty ingénue, when May's cousin, Countess Olenska, is introduced into their circle. The Countess brings with her an aura of European
sophistication and a hint of scandal, having left her husband and claimed her independence.

Her sorrowful eyes, her tragic worldliness and her air of unapproachability attract the sensitive Newland. Almost against their will, a passionate bond develops between them. But Archer's life has no place for passion, and, with society on the side of May and all she stands for, he finds himself drawn into a bitter conflict between love and duty.


A minha opinião: A chegada da Condessa Ellen Olenska a Nova Iorque constituiu uma revolução na vida calma e ordeira de Newland Archer. Apesar de cumprir com satisfação todas as regras da sociedade em que se inseria, e com as quais concordava quase instintivamente, Archer não pôde deixar de se comover com a situação em que a Condessa Olenska se encontrava. Tendo abandonado o marido (em circunstâncias suspeitas), Ellen resolveu iniciar uma vida nova para si junto à sua família. Mas o divórcio não era bem visto na altura, acreditava-se que a obrigação da mulher era ficar ao lado do seu marido, independentemente da forma como este a tratava e, por isso, Ellen foi desencorajada pela sua família e também por Archer, a evitar tal situação desagradável. A cumplicidade entre ambos é evidente desde o início, Archer é seduzido pela maneira de ser e de se comportar de Ellen, tão diferente da das raparigas da sociedade nova-iorquina, e Ellen vê em Archer, não só alguém que a compreende, mas também um cavalheiro, um homem de honra e de palavra, como o seu marido nunca foi. Mas o amor entre ambos é um amor condenado à partida, pois não só Ellen é uma mulher casada, como Archer está comprometido com a prima desta, May. A concretização deste amor implica que Archer renuncie a todos os seus princípios, os mesmos princípios que fizeram com que Ellen se apaixonasse por ele...

Adorei a história deste livro. Não só é uma linda história de amor, daquelas que vai ficar para sempre na memória, é também uma crítica à sociedade da época (finais do século XIX), uma sociedade onde se evitava a todo o custo o desagradável. Onde o individual era sacrificado pelo cumprimento das regras da sociedade, o que implicava, muitas vezes, renunciar à felicidade e ao amor devido ao cumprimento de compromissos assumidos.

O final não foi o que idealizei, mas considerando a personalidade de Archer, sei que era o único final possível...



Uma última nota para referir que a adaptação cinematográfica deste livro (que, infelizmente, ainda não consegui ver na totalidade), de Martin Scorsese, me pareceu muito fiel ao mesmo, e fez com que a minha imagem mental dos personagens fosse condicionada à dos actores. Neste caso, nem me importei, pois achei o casting excelente, só tive dificuldade em visualizar a Michelle Pfeiffer como Ellen Olenska, pois o cabelo escuro da personagem é referido com frequência no livro...


Classificação: 5

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